Imagine acordar e se dar conta de que os papéis foram invertidos? Em Eu Não Sou um Homem Fácil, Damien encara essa realidade de frente. O filme de 2018, mostra uma sociedade matriarcal, em que homens são tratados de maneira inferior e lidam com assédio, sexualização e devem lutar para ter os mesmos direitos que as mulheres.Uma semana depois do Dia Internacional da Mulher, achei que esse filme seria um bom candidato para a resenha de hoje, trazendo uma perspectiva diferente sobre os preconceitos que enfrentamos por conta do gênero.

Agora vamos focar um pouco mais sobre no enredo do filme: Damien é o típico homem privilegiado e machista. É um conquistador que não se importa com os sentimentos das mulheres, acredita que roupas e objetos devem ser designados por gênero e se sente muito confortável na posição que se encontra. O que acontece a seguir mais parece como uma lição de vida – Damien bate com a cabeça ao caminhar pelas ruas e acorda no mundo invertido.Sua vida parece estar normal, ele ainda passa tempo com os mesmos amigos e possui o mesmo emprego, mas a maneira como ele é tratado muda completamente.

Todos os esteriótipos usados para descrever a sociedade patriarcal passam a ser características das mulheres. Elas se tornam frias, infiéis, veem e tratam os homens como objetos. Para tornar as coisas mais difíceis para Damien, a mulher por quem havia se interessado anteriormente, Alexandra, passa a tratá-lo da mesma forma que ele tratava as mulheres antigamente, o que faz o rapaz sentir na pele a consequência de seus atos.

De maneira divertida esse filme mostra que não importa de que lado está, a desigualdade de gênero sempre será negativa. O mundo matriarcal é tão ruim quanto o mundo patriarcal, quem é considerado inferior ou diferente continua sendo tratado de maneira injusta.

Apesar de trazer uma crítica social, o filme é muito divertido e traz uma atuação impecável. Com certeza Eu Não Sou um Homem Fácil é um dos meus filmes franceses favoritos e espero que se torne o seu também.

Onde assistir: Netflix