Apesar de suspense policial não ser o meu gênero favorito, esse filme de Luc Besson me chamou muita atenção pela forma em que capturava a dualidade de um personagem tão complexo quanto Léon. Mesmo que esse filme tenha causado certa polêmica e muita discussão por conta da personagem de Natalie Portman, podemos dizer que esse é um daqueles clássicos do cinema que muitos apaixonados por filme devem conhecer.
O Profissional traz a história de Léon, um assassino profissional que volta-e-meia faz serviços para Tony, um chefe da máfia e também a única pessoa com quem tem algum tipo de relacionamento. Léon vive uma vida solitária em seu pequeno apartamento em Nova Iorque, mas vê isso mudar quando a pequena Mathilda pede a sua ajuda. A menina de 12 anos vivia com a sua família, mas era totalmente negligenciada por seus pais abusivos que mal sabiam que ela havia sido expulsa da escola. O pai de Mathilda se envolve em problemas com a polícia e acaba tenta que enfrentar o corrupto agente da DEA (Drug Enforcement Administration), Norman Stansfield, que invade seu apartamento, matando não só o homem, como também a esposa e dois de seus filhos.
Sendo a única sobrevivente do ataque, Mathilda busca abrigo no apartamento de Léon e, ao perceber qual é profissão do rapaz, pede que ele a ajude a vingar a morte de seu irmão mais novo, que era a única pessoa de sua família por quem tinha afeto. Ao mesmo tempo em que Léon tenta ensinar a menina as artes das armas, o homem se depara com uma confissão de Mathilda – a menina se diz estar apaixonada pelo assassino, mas ele entende o quão a situação é problemática e faz com que ela esqueça dessa ideia rapidamente.
A história se desenvolve para nos levar a um final que talvez seja inesperado, mas traz um alívio por saber que a menina possa ter um futuro melhor e com alguma esperança apesar do destino que sua família e Léon tiveram. Ao mesmo tempo que o filme traz ação e suspense, ele trabalha o drama que envolve a vida de Mathilda e sua incerteza sobre a direção que a sua vida irá tomar agora que está sozinha no mundo. Sua estrutura foi algo novo para época e se tornou um marco para história do cinema, assim como o impacto que sua história causou e tem causado.
Esse filme só não vai te deixar sem fôlego por alguns minutos, como também vai te fazer refletir sobre a perversão humana e os efeitos de um lar desestruturado na vida de uma criança tão jovem. Ainda fica aberta a discussão sobre a maneira que Mathilda é mostrada, o que por muitos é considerada como sexualização infantil e que também mostra o quanto o público possui essa mentalidade inaceitável em que corpos expostos são convite, mesmo quando o corpo em questão é de uma criança.
Onde assistir: Netflix
