Amabtes de cinema sempre aconpanham a temporada de premiações e por isso devem conhecer bem o final que eu vou indicar hoje. Mas, para quem ainda não conhece esse longa, vale a pena conferir porque essa produção sul-coreana levou vários prêmios em 2019, entre eles o Oscar de Melhor Filme Estranheiro.
Parasita é um filme dirigido por Bong Joon-ho e não é nem de longe o tipo de história que estamos costumados a assistir e por isso causa certa estranheza e incomoda nas feridas mais profundas, mas você logo vai entender porquê.
No enredo acompanhamos a família Kim e a família Park, duas famílias em condições sociais muito opostas que acabam cruzando o caminho uma da outra. Tudo começa quando Ki-woo, o filho da família Kim, consegue um emprego como tutor da filha mais velha dos Park. Logo o rapaz vê uma brecha e coloca a sua irmã, Ki-jeong, se tornar professora de artes do filho mais novo da família. Acontece que a família Kim, que vive de maneira muito precária, se aproveita de qualquer situação para melhorar suas condições de vida e mentem descaradamente para a matricarca da família Park para conseguir colocar toda a família Kim trabalhando na luxuosa mansão.
Ki-jeong se torna uma professora especialista em terapia artística, Jessica; Ki-taek ocupa o lugar do motorista e Choong-sook passa a ocupar o lugar de Moon-kwang como a governanta da mansão.
Tudo ia muito bem para a família Kim, até que os Park saem para acampanhar e a família menos abastada decide se aproveitar da mansão e fazer sua festa particular no local. Moon-kwang aparce no meio da noite e pede a Choong-sook para que a deixe entrar na casa e recuperar algo que esqueceu no porão da casa. Acontece que a antiga governanta escondia o marido por 4 anos no bunker, que nem a família Park sabia que existia, se aproveitando deles tanto quanto os Kim.
Nesse ponto da história é difícil saber quem é mais parasita e a tensão aumenta a cada minuto pois ambas as governantas encaram os segredos uma da outra, ameaçando expor a verdade para os Park. A partir de então eles começam uma luta que acaba se tornando mais violenta do que se possa esperar, levando a um final traumatizante para a família Park.
O filme te prende com as situações contrastantes e absurdas das duas famílias, nos fazendo pensar em como a situação faz a pessoa se tornar algo tão abominável quanto a própria escassez e miséria. É difícil acreditar que alguém seja capaz de fazer o que o família Kim fez com a família Park, até mesmo o que Moon-kwang e seu marido se tornaram para manter a situação como estava, muito menos na ingenuidade da Sra. Park. Tudo parece muito absurdo e estranho, mas é isso que torna a produção tão charmosa e atraente.
Como dizem, a oportunidade faz o homem…
Assista ao filme pelo Globoplay
