Eu sei, esse título é tão grande quanto os títulos das músicas do TXT (Tomorrow x Together), mas eu devo deixar aqui o motivo disso. Não, eu não assisti aos filmes indicados/ganhadores da edição de 2022 do Oscar porque eu estava ocupada demais acompanhando todos os comebacks dos 15 grupos de kpop que sou fã, os lançamentos de séries boys love e mais uma penca de kdramas. Não posso fazer nada se eu gosto mais de séries do que de filmes, basta chorar e reclamar o tempo perdido em que eu poderia ter visto todos esses filmes e fazer um post recheado de comentários valiosos sobre essas produções, mas já que eu não vi nada, salvo Duna, vou contar para vocês quais são meus títulos favoritos dentre os indicados da categoria mais esperada de cada edição: Melhor Filme.

Escolhi falar sobre os Indicados ao invés dos Ganhadores por dois motivos. Primeiramente, porque nem sempre o filme ganhador da categoria foi o que eu mais gostei dentre os indicados e porque falando dos indicados temos mais opções para discutir e escolher aquele que mais agradou a quem vos fala. É claro que dentre os títulos relacionados algum ganhador vai estar no meio – não sou tão do contra assim – mas até mesmo vocês devem concordar que a Academia nem sempre escolhe de fato o Melhor Filme do ano.

Para contextualizar, a entidade responsável pelo Oscar é a Academia, que foi fundada lá nos Estados Unidos no ano de 1926 para prestigiar os filmes e os profissionais da indústria cinematográfica em diversas categorias de premiação, podendo incluir filmes de qualquer lugar do mundo. Dentre essas categorias, a mais esperada sempre é a de Melhor Filme, já que o título de melhor filme tem um peso e uma honra imensa já pela indicação, imagina levar a estatueta para casa? Na edição deste ano o grande ganhador foi CODA – No Ritmo do Coração, um drama musical que traz dois significados em seu título; o primeiro, Child of Deaf Adults (Crianças de Pais Surdos) e, musicalmente, coda significa a última seção de uma música.

A Premiação do Oscar acontece desde 1929, então é claro que é bem improvável que uma pessoa que assiste um filme a cada 20 séries tenha assistido a TODOS os indicados da categoria de melhor filme, mas com 23 anos nas costas eu já consegui acompanhar várias produções incríveis e escolhi dentre elas 6 que eu mais gosto.

Call Me By Your Name

Vou começar com um indicado da categoria no ano de 2018, que foi o ano em que eu acompanhei a maioria dos indicados. Pois bem, quem levou o prêmio foi “A Forma da Água”, e eu até gostei do filme, mas eu prefiro algo mais tranquilo do que uma versão moderna de “A Bela e a Fera” em que não temos uma Síndrome de Estocolmo e a Fera é um peixe. O filme é muito poético, a atuação é impecável e a produção e direção são fantásticas e por isso o prêmio foi mais do que merecido, porém isso não significa que esse filme seria o meu favorito dentre os indicados neste ano.

Eu até poderia escolher “Lady Bird”, porque esse foi um filme daqueles que eu pensei: “finalmente estamos vendo uma jovem mulher mostrando o que é ser uma jovem mulher, ao invés de ter nossas narrativas contadas por um homem de meia-idade”, mas eu acabei assistindo ao filme só uma vez, enquanto eu assisti “Call Me By Your Name” pelo menos 27 vezes.

Não é muito segredo que o filme é um dos meus favoritos, tanto que eu já citei ele e o livro do qual ele foi adaptado algumas vezes aqui no blog.

E se você nunca assistiu ao longo, você pode encontrá-lo aqui

A Teoria de Tudo

Vocês devem se lembrar de que em 2015 Eddie Redmayne levou o Oscar de Melhor Ator pelo seu papel em “A Teoria de Tudo”, filme que trouxe a biografia do aclamado e genial Stephen Hawking, cientista responsável pela teoria do Big Bang. O filme é emocionante, mostrando a trajetória de Stephen e Jane, sua primeira esposa, durante o desenvolvimento de sua jornada com uma doença motora, mostrando como os dois enfrentaram as barreiras e dificuldades que lhes foram impostas e como o cientista superou tudo com brilhantismo e perseverança.

Apesar de ser um filme incrível, o ganhador de Melhor Filme nesta edição foi Birdman.

Você pode assistir “A Teoria de Tudo” aqui

A Invenção de Hugo Cabret

Eu tenho certeza de que, para quem adora a história do cinema, esse filme tem um espaço todo especial na sua lista de melhores filmes. “A Invenção de Hugo Cabret” estava entre os indicados da edição de 2012, mas quem levou a estatueta para casa foi “O Artista” que também nos remete aos primórdios do cinema, trazendo sensações bem parecidos com as do meu escolhido, por isso eu nem vou reclamar e dizer que foi injusto, já que ambos os filmes são maravilhosos. Acontece que em 2012 eu só tinha 14 anos então a história de Hugo me parecia mais atraente na época e eu não consigo me desapegar tão facilmente das coisas.

O filme mostra não só a importância e a soberania da arte, mas também nos traz esperança na humanidade. É mágico, acolhedor e cheio de significados, que vão além de nostalgia e acalanto, marcando não somente pela correção histórica de creditar os verdadeiros pais do cinema, os irmãos Lumière, como também por nos trazer um pouco da história de George Mélies, nos fazendo reconhecer a sua importância para a indústria cinematográfica.

Assista aqui ao filme

O Segredo de Brokeback Mountain

Esse não é só um dos meus favoritos dentre os indicados ao Oscar de Melhor Filme, como também um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, sendo também o primeiro filme LGBTQ+ que eu já assisti. Brokeback Mountain (título original) estava entre os indicados em 2006, mas o ganhador foi Crash – No Limite.

Acho que para quem já viveu algo parecido com o que Ennis e Jack viveram, o filme se torna ainda mais marcante e emocionante, mesmo para mim que vivo fora dessa realidade, a história de amor entre os dois me fez chorar o suficiente por um mês e eu acabei assistindo a esse longa mais vezes do que eu possa me lembrar.

Ainda que ele não tenha ganhado a principal categoria, o filme levou o Oscar de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora.

O filme está disponível aqui

Her

Eu sei que a história de “Her” pode parecer bizarra para algumas pessoas, mas até que é bem possível de acontecer com muita gente nos dias de hoje, até porque eu já vi histórias de pessoas que se apaixonaram por um prato de comida ou por um personagem fictício, então se apaixonar por uma inteligente artificial não deve ser muito diferente, não é mesmo?

Brincadeiras à parte, o filme é uma produção impecável que nos traz uma atuação incrível do Joaquin Phoenix e da Scarlett Johansson (mesmo que só presente com a sua voz), uma direção brilhante de Spike Jonze, uma fotografia de tirar o fôlego e uma trilha sonora tão bem encaixada que nos faz enxergar a melancolia e a solidão de uma maneira bem diferente e mais interessante.

Você encontra este filme aqui

Moonlight

Eu avisei que pelo menos um ganhador da categoria estaria na lista, ão avisei?

Moonlight ganhou a categoria de Melhor Filme na edição de 2017 e todo mundo deve se lembrar do que aconteceu durante o anúncio do vencedor, creio eu. Mas se você não lembra, os apresentadores da categoria se confundiram já que estavam com o envelope errado em mãos, anunciando “La La Land” com o grande vencedor. A equipe do filme subiu ao palco e se preparava para fazer seus discursos e, para a surpresa de todos, viram o erro que havia sido cometido. O ganhador na verdade era “Moonlight”, já que o envelope lida era da categoria de Melhor Atriz, que vou levada por Emma Stone.

O filme narra a história de um garoto negro que cresceu na periferia de Miami, lidando com os desafios da sua raça, sexualidade e posição social. Dirigido por Barry Jenkins, o longa independente gerou muita repercussão por finalmente reconhecer o talento de artistas negros – lembrando que a edição de 2017 bateu recorde de indicados negros, com 20 indicados – e por tratar de um assunto tão delicado de maneira tão poética e tocante.

Assista ao filme aqui

E para você, quais são seus filmes favoritos dentre os indicados ao Oscar de Melhor Filme?