A Perfeição: Todos Com os Panos Prontos para a Charlote e a Lizzie?

A Perfeição (THE PERFECTION) é um filme de terror perturbador lançado em 2018. O longa-metragem é um thriller de terror psicológico original da Netflix. Richard Shepard é o diretor desta obra que não é exatamente o que parece a primeira vista.

Charlote Willmore (Allison Williams) era uma jovem violoncelista de sucesso, ela frequentava a prestigiada escola de música Bachoff que é comandada por Anton (Steven Weber) e por sua esposa Paloma (Alaina Huffman). Porém, ela precisa deixar sua vida musical para trás para cuidar de sua mãe doente. Anos se passaram e mãe de Charlote morreu e ela decide entrar em contato com seus antigos tutores, descobrindo que eles têm uma nova estrela em seu lugar a adorável Elizabeth “Lizzie” Wells (Logan Browning).

O filme é divido em partes, ou capítulos se preferir, cada um deles contanto com uma reviravolta surpreendente. Baseada na sinopse oficial da Netflix, a primeira impressão que temos é que a jovem Willmore agirá por ciúmes e vingança. Essa também é a impressão deixada pelo trailer e prévia do filme. Mas não precisou de cinco minutos para que eu ficasse decidia a passar o pano que fosse preciso para a protagonista. Isso devido a sua química incrível com Lizzie.

O filme não é o que parece em momento algum, quando se trata de enredo, quando as violoncelistas se conhecem esperamos uma rivalidade feminina clássica e ultrapassada. Ao invés disso, somos surpreendidos com uma atração e química inegáveis. Rapidamente as duas começam uma relação casual. Ver Lizzie flertando com uma Charlote meio surpresa foi tudo que precisou para eu preparar meus panos para as duas.

Representatividade importa não só nos papeis de mocinhos, como nos “vilões” e “anti-heróis” também, ao menos para mim que sempre me apego mais a eles. Então quando vi como as duas ficaram lindas juntas bastou para que eu pensasse em desfechos que permitissem que elas ficassem juntas, me ajudando a adivinhar o final.

Voltando ao filme, essa resenha conterá spoilers então siga por sua conta e risco, após as musicistas se conhecerem e ficarem juntas, elas fazem uma viagem onde a parte perturbadora começa. Lizzie começa a ficar muito doente na viagem, inicialmente pensamos que é um vírus, porém tudo começa a escalar muito rápido. Ela começa a ver insetos que não existem e acaba arrancando sua própria mão.

Conforme a narrativa segue, vemos que tudo foi arquitetado por Charlote, nessa hora meu coração de shipper entrou em ação e eu criei teorias diversas para “justificar” os atos dela. Claro que não tem motivo razoável para envenenar alguém e levá-la a cortar a mão, mas meus shipps nem sempre são lógicos. Neste ponto você pensa ok, é um clichê e ela quer acabar com a vida de sua rival e de seu ex-mentor. Porém, como disse anteriormente, o filme é divido em atos e cada um traz sua própria reviravolta.

Lizzie volta com raiva nos olhos e desejo por vingança para o instituto Bachoff, Anton a recebe e quando vê que ela está sem a mão a invés de ficar preocupado ele demonstra raiva. Nesse ponto, mesmo quem não estava passando pano para a protagonista começa a ver que tem algo de errado sem duvidas com ele. Ele a manda embora, porque ela não serve mais para a escola.

Nesse ponto, Lizzie parte para a casa de sua ex-amante e começa a agredi-la, sequestrando-a e a levando para a escola. Onde finalmente a justificativa que imaginava é apresentada, todo o esquema de contatar os antigos mentores e entrar na vida de Wells era para ajudar ela a se livrar da lavagem cerebral feita por Anton.

Anton escolhia as melhores alunas para receber uma tatuagem, que funcionava com um passe para tocar em uma sala especial na escola. Porém, o que parecia uma grande honra era um convite para o pior pesadelo das garotas. Nessa sala o diretor e dois professores do instituto abusavam das alunas quando elas erravam uma nota que fosse. Não somente isso como eles as faziam acreditar que elas mereciam isso e que era a única maneira de aprender.

Crescer em um ambiente de abuso fez Charlote e Lizzie acreditarem que isso era normal, o filme dá diversas indicações da lavagem sofrida quando boa parte dos personagens falam as mesmas frases. Como em cultos, os estudantes acabam acreditando no que o líder diz por que é a única realidade que viveram e anos de abuso fazem a vitima se sentir responsáveis.

As reviravoltas finais do filme são a nossa protagonista sendo levada para a sala em que mais sofreu, sendo forçada a tocar de novo, errando e nós descobrimos que ela e Lizzie se juntaram para a parte final do filme o dueto. As duas cansadas de tudo que sofreram decidem acabar com a merda toda, drogar os professores, esfaquear a esposa de Anton e o torturar.

A cena final é extremamente perturbadora, mas incrível. Shippei demais as duas violoncelistas uma sem mão e, por conta da luta, a outra sem braço. As duas tocando um só instrumento para um diretor sem braços e pernas todo desfigurado.

Como já disse antes, o filme tem cenas muito fortes e gatilhos para abuso e pedofilia, não é um filme para qualquer um. O número de reviravoltas mantém o interesse até o fim, mas o que me levou a assistir tudo foi à química entre Allison e Logan. As atrizes entregaram tudo e eu passei pano sim, porque elas sofreram muito, é um filme não realidade e coração de shipper é fraco para duas garotas lindas se vingando de pedófilos sabia?

Assista aqui: Netflix.

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