E também esse título…
Não, isso não significa de maneira alguma que eu tenha ficado decepcionada ao assistir à nova versão do meu super herói favorito, muito pelo contrário, eu estou bastante satisfeita com a forma que Matt Reeves decidiu introduzir o início da carreira de Bruce Wayne como Batman, mas devemos ser honestos que é muito difícil ficar quase 3 horas com os olhos grudados na tela.
Quando vi que The Batman tinha a duração de 2h57min me apavorei um pouco, mas pensei: “talvez seja porque, dentre todas as coisas que aconteceram nos últimos anos, o diretor tenha achado melhor extender um pouco mais o filme”, afinal, com tantas reviravoltas, o que era para ter chegado às telonas no ano passado só pôde ser entrega em março deste ano. Só que depois de saber qual era a duração do filme ficava a dúvida, será que essas 3 horas de filmes conseguem de fato nos transmitir o que o Batman é?
Devo dizer que não sou tão frenética por histórias de super heróis, tampouco fiz parte da febre Marvel quando todos lotavam os cinemas para assistir aos filmes do universo criado pela Disney, muito menos leio as HQ’s para dizer com certeza o que o Batman realmente é, mas até mesmo quem lê às revistas sabe que existem muitas versões e por isso cada fã se apega a sua própria imagem do que é o homem-morcego, e eu também tenho a minha, por isso vou somente falar sobre as minhas expectativas sobre o novo (nem tanto) filme).
Demorei bastante tempo para finalmente poder assistir The Batman, porque ficar 3 horas no cinema não é minha maneira ideal de assistir a um filme. Acontece que na minha primeira tentativa de assistir ao filme, minha internet não queria colaborar e acabei caindo no sono depois de perder a esperança de que o filme fosse carregar, então fiz uma segunda tentativa, mas não garanto que todos os detalhes tenham sido captados por mim e por isso eu vou precisar assistí-lo novamente de maneira fragmentada e pausada.
Ainda que eu não estava totalmente habilitada a fazer uma resenha que seja mais relevante do que qualquer outra que você possa encontrar pela internet, eu gostaria de registrar a minha opinião de fã do Batman.

Nessa versão vemos Bruce Wayne logo no começo de sua carreira como vigilante, este é seu segundo ano como O Cavalheiro das Trevas e ele ainda está aprendendo como lidar com os criminosos de Gotham City. Mesmo que Bruce se vista com a capa e máscara preta por tão pouco tempo, ele já foi capaz de colocar medo nos criminosos da cidade e criar a fama de Batman. Logo de início vemos que Gotham continua tão sombria quanto em qualquer versão da cidade que vimos no cinema, talvez até pior do que a sua versão mais famosa dos filmes de Christopher Nolan; e que os bandidos e vilões estão cada vez mais sádicos.
Alfred e James Gordon são os únicos aliados do Batman neste momento e enfrentar um vilão desconhecido acaba não sendo uma tarefa simples. Quando o prefeito é assassinado de forma brutal, Batman e a polícia de Gotham se deparam com uma trama bem amarda e cheia de quebra-cabeças que levam a descobrir sobre toda a corrupação em que a cidade está envolvida.
Ter o Charada como vilão deste primeiro filme é uma sacada incrível do diretor e devo dizer que dismitifica a ideia que minha gente tinha anteriormente sobre ele. Quem não acompanha tanto a história dos vilões do Universo do Batman e só conhece o Charada por meio das séries animadas que o pessoal da minha época costumava assistir, acaba tendo a imagem de que o Charada é um vilão bem mais bobinho e sem nenhuma credibilidade, mas na verdade é tão lunático quanto o Coringa e tão cruel quanto o Pinguim.
A escalação de Robert Pattinson como Batman causou muio questinamento durante a época, mas depois de ver como o ator deu vida ao personagem posso dizer que ele entra para meu top 3 de atores que interpretaram o papel e nem de longe lembra o outro “morcego” que ele fez no cinema. Para quem nunca viu outros filmes do ator, fica difícil entender que ele é de fato um ator que se entrega ao personagem e sempre impressiona com as suas escolhas de papéis e, bem por isso, ele mesmo odeia que o relacionem com a saga Crespúsculo.

As cenas de ação são bastante satisfatórias e exatamente o que se espera de um filme mais sombrio de super herói, mas eu não diria que The Batman é o que as pessoas chamariam de um filme de super herói e sim de um filme policial, como o próprio Matt Reeves já vem falando. O início da carreira de Bruce Wayne como Batman é bem mais de um detetive e vigilante do que de um herói muito bem reverenciado e reconhecido pelo povo de sua cidade, ele não é visto como um símbolo de esperança inicialmente e sim como uma símbolo de vingança, muito diferente do que pensaríamos sobre o Superman e, por isso mesmo, Batman é um personagem muito distinto de outros tantos super heróis. Batman não é totalmente justo e bondoso, sua personalidade é bem questionável e muitas de suas ações devem ser vistas com “um olho torto”. Ele pode até ser visto como anti-herói para alguns e sua imagem carrega algo sombrio e obscuro que faz com que muitas pessoas se identifiquem bem mais com a sua história do que com a história de um herói que é sempre bom e nunca falha.

Um comentário sobre “THE BATMAN É MAIS LONGO DO QUE A MINHA ESPERA POR ELE”