Vocês me desculpem, mas o único filme que concorreu ao Oscar deste ano que eu assisti foi ‘Elvis”; então não te porquê eu comentar sobre a premiação.

Em uma época que é tão difícil se relacionar com as outras pessoas, onde as expectativas não são correspondidas e parecemos pisar em ovos o tempo todo, encontrar o amor parece ficção científica. E realmente é neste romance melancólico que eu vim trazer para vocês! Her é um filme de Spike Jonze, estrelado por Joaquim Phoenix, Scarlett Johansson, Amy Adams e grande elenco. O filme norte-americano de ficção científica e romance traz uma ideia de como a relação do homem e da tecnologia está cada vez mais estreita, mas de uma maneira ainda mais inesperada.

Theodore Twonbly é um escritor introvertido que vive solitário e um tanto depressivo. Um dia ele compra um sistema operacional com Inteligência Artificial que pode ser capaz de ajudá-lo a otimizar o seu trabalho. Acontece que o sistema tem personalidade própria e interage com Theodore como um humano, fazendo com que a sua relação com o sistema deixe de ser de homem e máquina e passe a se tornar um romance.

O filme pode até mostrar o quanto uma relação não precisa ser física para ser satisfatória, mostrando que o amor não vê obstáculos e limites e é capaz de superar qualquer dificuldade; mas também nos faz refletir sobre como a tecnologia ocupou um espaço tão significante em nossas vidas que deixamos de olhar em volta e nos relacionarmos entre si. A relação amorosa entre Inteligência Artificial e humano se torna algo tão comum na narrativa do longa quanto a relação entre duas pessoas, ultrapassando os limites entre o que é real e programado – até que ponto poderíamos considerar este tipo de relação algo natural, quanto a IA pode facilmente se adaptar às suas necessidades, enquanto em um relacionamento entre pessoas devemos saber aceitar nossas diferenças e ter equilíbrio para fazê-la funcionar.

Seria um sistema capaz de ter seus próprios sentimentos ou ele apenas estaria copiando informações que você julga atraentes? Para mim, parece um pouco improvável que uma máquina possa substituir o humano quando o assunto é emoções e sentimentos, existem coisas que nem a mais alta tecnologia seria capaz de produzir, já que tudo que fazem é mera reprodução de informações salvas em seu disco rígido. Ainda assim, o filme é de uma beleza e delicadeza que encantam como muitos outros não são capazes de fazer e por isso merece muito ser assistido.

Assista ao filme aqui