Hoje eu vou trazer para vocês um livro que eu estou encalhada lendo há algum tempo – e não é por falta de interesse. Primeiro eu vou explicar para vocês: eu prefiro ler durante a noite, mas para fazer isso, só consigo ler pelo computador ou pelo celular; mas a segunda opção me faz ficar com sono muito rápido e eu acabo indo dormir depois de cinco páginas.
Me deparei com este livro pelo Instagram, acho que descobrimos muitas coisas através das redes sociais hoje em dia que talvez não iríamos nem saber da existência, e fiquei bem interessada no plot. A Canção de Aquiles é um livro de 2011 escrito por Madeline Miller, O romance é ambientada na Grécia Antiga, sendo livremente baseado na obra de Homero, A Ilíada.
Pátroclo, filho do rei Menoetius, sempre se sentiu inferior por conta do tratamento de seu pai. Quando ele acidentalmente mata o filho de um dos nobres de seu reino, Pátrolo é exilado para Ftia, onde conhece Aquiles, filho do rei Peleu e da ninfa Tétis. Os dois, aos poucos, se tornam grandes amigos e Pátroclo nutre sentimentos por Aquiles. Ofendida em ver um mero mortal se interessar por seu filho, Tétis tenta de tudo para separar os dois. Aquiles e Pátroclos são envolvidos na Guerra de Tróia e todo o conflito gera um grande tensão entre os dois, mas nunca apaga os sentimentos que um tem pelo outro, nem mesmo após suas mortes.
Uma bela tragédia grega para quem admira a mitologia do país e das antigas obras de Homero. O romance é envolvente e poético, trazendo uma perspectiva defendida por muitos, incluindo Platão, de que Pátroclo e Aquiles eram amantes e não meros amigos. A escritora quis dar voz ao personagem ao perceber que ele teve papel fundamental na Guerra de Tróia ainda que em A Ilíada ele fosse apenas um personagem secundário. Miller levou cerca de uma década para terminar de escrever o livro, tendo sua primeira versão descartada após cinco anos, levando a escritora a começar tudo do zero novamente para aperfeiçoar a voz de Pátroclo.
O livro se tornou um grande hit após um publicação no TikTok em 2021, sendo listado pelo New York Times em um exemplo de como as redes sociais influenciam o interesse pela literatura e impulsionam as vendas da indústria.
