GOD’S OWN COUNTRY

Dias atrás a Luana e eu estávamos discutindo sobre como nossos gostos são bem distintos – enquanto ela prefere temas mais adultos, filmes trash e produções de baixo orçamento, eu sou meio metida à besta e preciso filmes conceituados, com direção e roteiros excepcionáveis, mas também amo romances clichês. Apesar das diferenças, nisso e em várias coisas, algo a gente tem em comum, e isso fica bem claro ao ler nossos posts, que é a preferência por romances boys love ou girls love.

Por isso mesmo não faz sentido a gente dizer que só porque é o Mês do Orgulho que vamos fazer especiais para entrar na comemoração. Além do mais, todo dia é dia de lutar por direitos iguais, por respeito e liberdade; e eu odeio que as grandes marcas e mídias se aproveitem desse momento para somente fazer dinheiro, ao invés de realmente se engajar na mudança. Ainda assim, ou talvez por sempre ser assim, hoje trago mais um filme com temática gay.

God’s Own Country (O Reino de Deus) que, apesar do nome, não tem nada a ver com religião, mas eu tenho certeza de que minha avó iria assistir só pelo título esperando que o filme falasse sobre algum milagre divino, só para perceber tarde demais que se trata de um drama gay, é a nossa pauta de hoje. O filme conta a história de Johnny Saxby, um jovem que desconta as suas frustações do dia-a-dia na bebida e em sexo sem compromisso. O jovem vive com seu pai, Martin, e sua avó, Deirdre, em Yorkshire na fazenda da família. A vida dele começa a mudar quando um imigrante da Romênia, Gheorghe, que é contratado para ajudar na fazendo, pois seu pai e sua avó já não se encontram em condições de trabalhar com antigamente.

Os dois começam a trabalhar juntos na manutenção da fazenda e uma relação conflituosa acaba levando os dois a se envolverem sexualmente, porém Gheorghe não é do tipo de usar sexo para descontar sua raiva, como Johnny e por isso tenta mostrá-lo que as coisas podem ser bem mais satisfatórias quando feitas com calma.

O filme dirigido por Francis Lee, é estrelado por Josh O’Connor e Alec Secareanu, sendo exibido no Festival de Filmes Sundance de 2017, ganhando o prêmio World Cinema Directing para o diretor estreante.

A trama traz emoções cruas, muitas vezes não expressadas e silenciadas, fazendo um reflexo da solidão, da intimidade e de como o protagonista não sabe muitas vezes lidar com essas questões, até enxergar de verdade o que ele precisa e quer em sua vida.

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