BISA BIA, BISA BEL

Como hoje, dia 12 de outubro, é comemorado o dia das crianças, vim falar de um dos meus livros favoritos de quando eu era criança e que também é um clássico da literatura infantil brasileira: Bia Bia, Bisa Bel.

Não sei vocês, mas desde criança eu sempre fui muito apegada às coisas que eu gostava e se eu perdia algumas delas, acabava não esquecendo disso nunca, tanto que até hoje lembro de um outro livro que eu tinha e amava muito e que talvez fale dele por aqui em outra ocasião – As Fadas da areia, de May Shuravel. Mesmo que eu não entenda o motivo de eu me apegar tanto a coisinhas assim, gosta de pensar nas boas lembranças que tenho com elas, especialmente destes livros que tanto amei durante a infância. E para falar a verdade, eu vivia com a cara enfiada nos livros desde que comecei a ler, mais ou menos em 2002, então já faz um bom tempo…

Bisa Bia, Bisa Bel tem um espaço todo especial no meu coração. O livro de 80 páginas foi publicado pela primeira vez em 1981, mas eu nem me recordo de quando eu li pela primeira vez, mas sei que o reli por diversas vezes. A história escrita por Ana Maria Machado, conta a história de uma garotinha chamada Isabel, que encontra uma fotografia antiga de sua bisavó ainda criança. Bel fica encantada com a foto, a moldura, a roupinha, o jeitinho da bisa e todos os detalhes daquela fotografia e cria um afeto muito grande por aquela recordação. O afeto é tamanho que Bisa Bia passa a viver no imaginário da menina e fazer parte do seu dia-a-dia.

Isabel vai para cima e para baixo com a fotografia, tanto que Bisa Bia passa a dar conselhos para a menina, questiona suas brincadeiras e seu jeito de se vestir. Vemos o choque de gerações entre as duas meninas, já que a época de Bisa Bia é bem diferente de Isabel, e o papel das mulheres mudou bastante entre as décadas. Mas as coisas ficam ainda mais interessantes quando surge no imaginário de Isabel uma futura bisneta, chamada Beta, que estará gerações a frente de Bel, enfrentando ainda mais mudanças nas configurações sociais.

O livro traz uma doçura imensa ao retratar a inocência, a imaginação e o carinho de uma criança que se depara com uma realidade tão distinta da sua ao encontrar a fotografia de sua bisavó ainda criança. Além de ser uma história super divertida, com personagens muito carismáticos e marcantes, o livro traz essa pauta do papel da mulher na sociedade, questões de liberdade de expressão e as diferenças geracionais que sempre se tornam assunto quando diferentes gerações de uma família se reúnem.

Uma história cheia de encantamentos e mágica é a escolha perfeita para ilustrar esse dia em que a gente sente ainda mais saudade de ser criança…

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