Cupido: E como mostrar as diferentes formas de amor!

Nossa dica do dia é essa webcomic perfeita chamada Cupido, criada pela quadrinista húngara skatuya, a história está disponível no Tapas, no Webtoons e também para vocês apoiarem a obra no Patreon.

A história é curta e foi encerrada esse ano com 6 capítulos, além de 243 episódios no Tapas. A obra conta a história de Alec que tem uma habilidade de ver marcas de almas gêmeas, porém ele mesmo não tem essa marca. Ele se junta a Victor, um romântico incurável que possui um tipo de cafeteria, porém que serve chás. E junto os dois amigos combinam casais enquanto passam por suas próprias lutas para entender o amor.

Essa obra é perfeita para essa época do ano, agora estamos entre dois feriados muito celebrados no Brasil, o Natal e o Ano Novo. E esses dois feriados são conhecidos pela pressão de ter planos, alguém com quem celebrar, amor de várias formas. E também são festas que geralmente celebramos com quem amamos, seja família, amigos ou um parceiro.

Para quem não se encaixa na norma, para quem não tem a família de comercial, ou está solteiro, para quem já amou muito e perdeu, para quem nunca achou aquela pessoa, essa época pode ser difícil. Mas precisamos nos lembrar que existem várias formas de amor, e não há um jeito certo de se viver a vida. E por que estou falando disso? Porque isso é mostrado com maestria nessa obra de arte.

Primeiro vamos enaltecer essa obra que traz diversos conteúdos LGBTQIAPN+, são pessoas com aparências reais, diferentes, sem aquele padrão comum em obras de romance. Alec em sua luta de enfrentar seu próprio destino, cruza com pessoas com vidas completamente diferentes, almas gêmeas das mais variadas formas.

Enquanto isso Alec luta, ele não tem marca, e tem uma grande paixão por Victor, mas eles não são almas gêmeas, ele fica com medo de fazer um movimento, inseguro sobre sua relação com o amigo. E os dois passam por um crescimento tão lindos juntos na comic. Cuidado com spoilers grandes a partir de agora.

Victor sofre com o luto em certa parte da comic, um luto que tem um sentimento contraditório, ele perde seu pai homofóbico, pai esse que nunca o aceitou. Mas ainda era seu pai, apenas quem tem problemas com parentes de sangue entende esse dilema completamente.

Por que choramos por aqueles que nunca chorariam por nós? Porque somos humanos, não podemos controlar o que sentimos, apenas o que fazemos com isso. No fundo, todos querem aceitação. Victor sofre com essa sensação, enquanto ele mesmo aprende que as vezes, família são aquelas pessoas incríveis que te aceitam como você é, aquelas pessoas que você conhece no caminho.

Os dois crescem, conhecemos vários personagens incríveis, e é uma obra sobre amor e suas formas, o que seria mais adequado para ler hoje do que isso? Além disso, parte da comic, a parte final se passa justamente nessa época do ano. E ver o crescimento de Alec e Victor e a forma como eles enfrentam tudo juntos, se apoiando, me deixou feliz, e também triste por ter acabado tão cedo. Não deixem de dar uma chance para essa obra prima!

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