DICA: A GAIOLA DAS LOUCAS (1978)

Ainda que nós aqui sempre levantamos pautas da comunidade LGBTQIA+ dentro do entretenimento, quando chega o Mês do Orgulho, com a maior visibilidade na mídia, não podemos deixar de dedicar ainda mais espaço para o assunto. Mesmo que junho seja o mês usado ao redor do mundo para levantar a bandeira do Orgulho, a luta é diária; muita gente pelo globo ainda precisa esconder quem é, ainda vive com medo e ainda precisa de leis que lhes proteja e, mesmo que em nosso Brasil muita coisa já tenha evoluído, há um longo caminho a percorrer. Não apenas em junho, mas a cada dia e a cada mês, ano, a luta nunca acaba!

Para esta primeira semana do Mês do Orgulho, o filme escolhido para trazer para vocês é um clássico que trazia discussões atemporais sobre sexualidade, direitos e aceitação de uma maneira irreverente e descontraída, mas com um impacto gigantesco! A Gaiola das Loucas é a nossa dica de hoje.

La Cage aux Folles, título original do longa franco-italiano, lançado em 1978 e dirigido por Édouardo Molinaro, foi baseado na peça de Jean Poiret e traz em seu elenco nomes como Ugo Tognazzi, Michael Serrault, Claire Maurier, Rémi Laurent e Carmen Scarpitta. O filme narra a volta de Laurent Baldi à casa dos pais, um casal homossexual formado por Renato, o gerente de uma boate drag que fica no andar debaixo da casa, e Albin, a atração principal da boate. Laurent anuncia a seu pai que está prestes a se casar com Andrea, filha do político conservador, Simon. Com medo de que a família de Andrea não possa aceitar a sua, ele mente sobre sua situação e implora ao pai que se livre de tudo que seja indicativo de sua sexualidade e trabalho da casa em que vive, para que os pais de Andrea possam finalmente conhecer sua família. Simon quer o usar o casamento da filha para amenizar um escândalo sexual que aconteceu dentro de seu partido político, mas não imagina que a situação da família de Laurent possa causar um escândalo ainda maior.

Ainda que não queira esconder quem é, Renato acaba aceitando o pedido do filho, redecora a casa e pede para que Albin fique fora por um tempo. Seu plano é usar a ex-mulher para convencer a família de Andrea de que Laurent se encaixa perfeitamente com a filha, mas tudo saí por água abaixo quando Albin entra em cena como a mãe de Laurent e deixa escapar sobre o show de drags que acontece no andar abaixo. O filme acaba provando que mentira tem perna curta e que não vale a pena fingir ser alguém que você não é apenas para agradar pessoas que realmente não valem a pena.

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