EMMA (1996)

Eu sou um pouco controversa, diga-se de passagem, pois tenho um hábito que muitos iriam torcer o nariz: assistir adaptações antes de ler a obra original. Pouquíssimas vezes eu escolho ler o livro antes da adaptação ser lançada, porque se a versão adaptada não for boa, não sofrerei a decepção de amar muito um livro e ver sua história ser desmantelada em forma de filme ou série – e justamente por isso não assisti a versão da Netflix de Persuasão. Pois bem, dos livros de Jane Austen, eu ainda não terminei de ler Emma, li apenas algumas páginas e acabei parando a leitura nem sei o porquê, mas já assisti algumas adaptações da obra, dentre elas esta versão de 1996.

Se Orgulho e Preconceito tem várias versões – eu até queria mias uma, apesar de já ter a de 2005 como favorita – Emma também pode dizer o mesmo. Apesar da versão mais famosa ser As Patricinhas de Beverly Hills, uma releitura moderna e super divertida; as versões mais clássicas também não ficam para trás. Escolhi falar da versão de 1996 porque é facilmente encontrada para assistir e também é a que assisti mais vezes depois de As Patricinhas de Beverly Hills.

O longa foi dirigido e escrito por Douglas McGrath, produzido por Patrick Cassavetti e Steven Haft, estrelando Gwyneth Paltrow, Alan Cumming, Toni Collette, Ewan McGregor e Jeremy Northam.

Na história, Emma Woodhouse (Gwyneth Paltrow) é uma jovem rica e desconexa da realidade. Depois que sua governanta, Senhorita Taylor (Greta Scacchi) se casa com o Sr. Weston (James Cosmo), Emma se vangloria por ter juntado o casal e se considerando tal um cupido dentro de sua pequena comunidade. Apesar de seu pai e George Knightley (Jeremy Northam), velho amigo e irmão do marido de sua irmã, tentarem impedi-la de juntar outros pares, a moça coloca na cabeça que sua nova amiga, Harriet Smith (Toni Colette) e o clérigo Philip Elton (Alan Cumming) seriam um belo par.

As ideias de Emma fazem com que Harriet dispense um pedido de casamento de outro rapaz, por acreditar que Sr. Elton possa ser o par perfeito para ela. Acontece que o clérigo não pensa em Harriet desta maneira e acaba declarando seu amor por Emma, que o rejeita. Ele então se casa com outra mulher que compete em status com Emma, fazendo Harriet sofrer uma grande desilusão.

Emma parece tão preocupada em arranjar pares perfeitos a seu redor que pouco se atenta a seus próprios sentimentos, tampouco ao que acontece ao seu redor, causando mais corações partidos do que finais felizes.

O filme traduz a futilidade e inocência de uma menina rica do século 19 que não tinha nada melhor a fazer do que bancar o cupido e brincar com as pessoas como bem entende. Emma é o tipo de personagem que não parece levar em consideração as reais necessidades e sentimentos alheios em prol de satisfazer o próprio ego e se manter entretida.

Inicialmente, Douglas McGrath queria fazer uma versão moderna da obra de Jane Austen, que se passaria na Upper East Side de Nova Iorque, porém enquanto discutia os planos para um filme com a Miramax Films, Amy Heckerling já estava produzindo As Patricinhas de Beverly Hills, que segue exatamente a mesma novela da autora.

Assista ao trailer oficial de Emma:

Assista na Netflix

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