Meu último post de Jujutsu Kaisen!

O ano era 2019, quando o anime lançava e meu amigo me dizia para assistir esse anime, aquele ano tinha sido complicado para mim, e eu hesitei a princípio por motivos que explicarei melhor em seguida, eventualmente eu concordei.

Desde então, foram 5 anos de traumas, alegrias (bem poucas, mas vamos lá), amor e ódio aos personagens. Agora, um ciclo se encerra, então obrigada Gege Akutami por criar essa história e até a próxima. Obrigada também a MAPPA por animar o anime, apesar da trolagem com a abertura das temporadas, você nos entregou uma ótima animação e sou grata por isso.

E apesar do mangá se encerrar agora, ainda tem o filme do arco do passado, que será lançado ano que vem, com o compilado do arco que apareceu na primeira metade da segunda-temporada. Além da terceira temporada que deve ser lançada em 2026.

E apesar de que vou seguir acompanhando o anime, decidi que já falei bastante de Jujutsu, ele foi muito importante para mim, mas é hora de mudar o disco e falar de outros assuntos, então, não falarei novamente desse mangá e adaptações de anime decorrentes dele.

O mesmo, é claro, não se aplica se um dia Gege criar coração e fazer um mangá especial sobre os 10 anos em que Geto liderou o culto dele, o qual vimos pouquíssimo no anime, em que ele estava morto desde o final inclusive. Agora, sobre continuações no futuro, não quero, não gosto e por favor não faça um Jujutsu Kaisen Shippuden.

Mas porque essa história foi tão importante para mim? Bem, o ano era 2018, eu tinha 20 anos, só tinha duas amigas (uma, inclusive que não fala mais comigo), estava na faculdade, não me encaixava e estava cansada de me sentir sozinha. Então, meu eu mais jovem, decidiu que eu iria me forçar a encaixar para que quem sabe assim eu me encaixasse.

Para isso, deixei boa parte de meus mangás serem vendidos por quase nada (ainda bem que guardei os meus favoritos, mesmo que em uma mochila escondida em cima do armário). Além disso, meus jogos de tabuleiro foram doados, eu pintei meu quarto de branco, tirei os posters da parede.

E a pior parte, exclui as pastas no meu computador que tinham os mangás que eu lia, sites e animes favoritados, além de ter deletado minhas contas em sites de fanfics. E comecei a ver apenas conteúdo de massa.  

Conclusão? Eu descobri que o problema não era o conteúdo que eu gostava, mas em mim, porque eu continuei não conseguindo fazer amizades, e as coisas que eu achava interessante mesmo nos conteúdos que todos viam, não eram as mesmas coisas que os outros gostavam.

Claro, hoje em dia eu vejo que isso é obvio, porque animes, terror, Slash, gore, livros de conteúdo duvidosos, séries policiais e várias outras que eu gosto são muito populares em nichos diferentes, e eu nunca fui capaz de me enturmar com eles, por que me enturmaria com quem assiste a série da moda atual?

No final daquele ano, eu estava me sentindo ainda mais sozinha e triste. Então entra 2019, e entra esse amigo insistindo para que eu veja Jujutsu Kaisen. Apesar de não querer, eu decidi, ver só um episodio tudo bem, e o resto é história.

Eu me apaixonei pelo anime, que era bem do meu tipo favorito de Shounen, e vendo a história daqueles personagens eu aprendi que o mais correto a se fazer era dar um que se dane a tudo também.

Se não fossem os personagens de Gege, em especial o Megumi, talvez tivesse ficado naquele fundo de poço mais tempo. Mas graças a esse anime, pelo qual fiquei obcecada, consegui perceber o que deveria ter sido obvio, eu sou quem eu sou independente do que estou vendo, e se não vão gostar de mim mesmo, que se danem, vou ver tudo que eu quero, e pôr em dia todos os animes que deixei atrasar.

Jujutsu Kaisen abriu uma comporta, e por isso sou grata a Akutami, depois desse anime, voltei a ver conteúdo geek, voltei a comprar mangá, tirei os mangás que tinha deixado em cima do armário e coloquei em uma estante, coloquei meus posters de volta e comprei outros e a cada episodio que lançava, eu me sentia mais livre, mais eu mesma de novo.

Então, mesmo que seja só um shounen, e no final, ele não seja o melhor, nem o pior, e esteja tranquilamente no meio, ele me permitiu voltar a ser eu. Hoje em dia eu falo sem problemas das coisas que gosto, e aprendi a gostar de ficar sozinha, aprendi que não são precisos muitos amigos, e a jornada de cada um é diferente e está tudo bem.

Eu consegui alguns amigos depois, que vieram sem que eu precisasse fingir gostar de séries ruins teen da Netflix ou HBO. E mesmo que ainda me sinta sozinha ás vezes, hoje em dia aprecio a quietude da minha companhia a cima de tudo e não teria chegado nesse nível, não naquela época pelo menos, sem a história de um garoto que come um dedo do rei das maldições.

Então hoje, só queria deixar registrado a importância que Jujutsu teve para mim, e dizer que mudar para se encaixar não funciona, acreditem, eu tentei. E por conta de toda a importância que esse anime teve para mim naquela época, da qual estou falando hoje pela primeira e última vez.

Vocês podem encontrar meus posts anteriores desse mangá e anime na #Jujutsu Kaisen. E saiba que apesar de entender por que nem todos gostaram do final, eu achei adequado, foi cumprido com o prometido, ainda tivemos um pouco de Mahito e Sukuna no final, dois vilões bons para odiar.

E, apesar de tudo, gosto de um final assim, eles ainda são crianças no fim das contas. E o Gojo e o Nanami conseguiram o que queriam, mesmo depois do fim, que é deixar as crianças, os alunos queridos deles, serem crianças, mesmo que muito fortes agora, eles são apenas adolescentes bobos, curtindo a juventude, sem necessidade de apressar as coisas. E hoje em dia, eu entendo que é essencial deixar que cada jornada leve seu tempo.

Então, obrigada Gege, espero que crie juízo e faça um mangá, fanbook, ou algo sobre o Getou, e até umas próximas!

Deixe um comentário