Nossa dica de hoje é Memorias Póstumas de Brás Cubas, um clássico literário inesquecível que sempre será um de meus favoritos nacionais. A obra de Machado de Assis lançada em 1881 foi um romance literário bem inovador na época, e mesmo anos depois que li o livro pela primeira vez, ainda não me deparei com algo como isso novamente.
O clássico conta a história de seu “autor”, Brás Cubas que narra sua vida mesmo já tendo morrido, ele é um “defunto-autor” e vai nos relembrando toda sua trajetória de vida. Ajuda o meu fascínio pelo livro que ele seja engraçado e tenha comentários sobre os outros personagens que sempre me diverte.
Nosso autor, que obviamente é só um personagem, morreu de pneumonia, era um “menino diabo” em sua infância de menino rico, amou uma prostituta de luxo, tratava muito mal os escravos quando não faziam o que mandava, e era tudo, menos uma boa pessoa.

Mesmo assim, seus comentários ácidos sobre o mundo fazem a leitura passar rápido, e as críticas que Machado de Assis faz sobre a burguesia, escravidão, positivismo e o humanitarismo tornam tudo mais profundo e interessante. Você espera que um livro que fala de tantas coisas vai ficar cansativo, especialmente devido ao português mais formal da época, mas na verdade Brás Cubas é um personagem que carrega o livro sem dificuldades e quando você menos percebe, já acabou a história.
Nosso protagonista relembra seus anos de glória, se formou em direito, curtiu muito a noite, e quando voltou para casa, namorou Eugenia que era “coxa”, rendendo frases que sempre lembro com meus amigos como “Era tão bonita, tão bela, mas coxa”. Depois ele vive um triangulo amoroso perigoso, e acaba virando deputado. Depois, começam-se as mortes e o ciclo se inicia de novo.
O livro é uma leitura obrigatória que vai render frases que nunca vai sair de sua cabeça, acredite, li ele a uns 10 anos e ainda me lembro de vários momentos icônicos, então se ainda não leram, leia, e se já leu, leia de novo.
