Penny Dreadful e os personagens clássicos da literatura

Hoje vamos falar dessa série incrível que faz uma homenagem a Era Vitoriana e a seus clássicos, começando pelo título que faz referência livretos que eram usados para contar histórias a meu estilo, ou seja violentas e assustadoras.

Nessa série em uma Londres vitoriana, seguimos Vanessa Ives, uma mulher atormentada que sente de forma muito ligada o mundo espiritual, até mais do que ela imagina, que se junta a lorde Malcom em uma missão, reunir um time para resgatar Mina, filha de Malcom e amiga de infância de Vanessa, que foi levada por uma criatura sombria e misteriosa.

Nesse time temos o norte-americano Ethan, um pistoleiro e problemático, e o trio recorre a um médico experiente que tem obsessões com o corpo humano e como cria-los, Victor Frankenstein. Além disso, em determinado momento de suas buscas eles precisam procurar um egiptologista, e acabam se deparando com o imortal, egocêntrico e claro, hedonista, Dorian Gray.

As suspeitas de quem poderia ter levado Mina? Claro, caem sobre Dracula. E nossa protagonista se mostra mais ligada ao céu e ao inferno do que ela imagina. Com todas essas características parece que vai ser uma história absurda, de certa forma é, mas eles fazem funcionar, com referências atrás de referências aos clássicos da literatura gótica, que são a melhor parte para mim.

Claro, só pela sinopse já sabem as principais referências literárias, das quais os personagens saíram, mas foram modificados e encaixados na história de forma que funciona, especialmente se você é um gótico até hoje.

Temos o clássico Frankenstein, da incrível Mary Shelley, que criou um personagem que vive até hoje em centenas de milhares de recriações e inspirações, e foi criado por uma mulher, o que torna ele ainda melhor.

O livro que se tem dúvidas estava muito a frente de seu tempo, e que foi uma das minhas maiores obsessões na escola, O Retrato de Dorian Gray, escrito por nada mais nada menos que Oscar Wilde, preso por ser gay, que sofreu a vida toda com preconceitos e ter que esconder quem era devido a ser crime, mas que não deixou que isso o parece de escrever a melhor obra daquele período. Sim, como podem ver, ainda sou meio obcecada com essa história.

E claro, aquele que não pode faltar em nenhuma obra gótica, ou terror e suspense em geral, aquele que é referido até hoje em todas as obras mais sombrias, para sempre lembrado e que começou um movimento que domina até hoje, Drácula de Bram Stoker.

Então, se você, como eu, adora esses livros mais góticos, gosta de uma série com bastante referência a personagens clássicos, a mitologia, religião e folclore mundial, vai amar a experiencia que é essa série.  

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