Estamos no mês do orgulho, mas também estamos na quinta-feira dia 12, amanhã será sexta-feira 13, e uma extra especial para os fãs de terror como eu, porque é aniversário do meu assassino favorito, Jason Voorhees.
Então, juntando o útil ao agradável, ou melhor, juntando duas coisas que eu adoro na literatura, suspense e personagens queer variados, decidi fazer uma lista de livros de terror e suspense, com protagonismo LGBTQIAPN+.
Temos terror e suspense para todos os gostos abaixo, com plot twists, violência, suspense, magia, e é claro, com personagens queer, então nada melhor para ler amanhã, que é uma sexta-feira 13 no mês do orgulho, do que um terror queer, não é mesmo? Então segue abaixo as indicações, com a sinopse oficial da Amazon, onde tem todos os títulos disponíveis a compra.
Os garotos do cemitério – por Aiden Thomas

Yadriel é um garoto trans e gay que está determinado a afirmar sua identidade de gênero e orientação sexual para sua família latina tradicional. Mas, para isso, ele acaba invocando um fantasma que se recusa a ir embora…
Os garotos do cemitério é uma fantasia paranormal e o marcante livro de estreia de Aiden Thomas.
Quando a família latina bastante tradicional de Yadriel tem problemas para aceitar sua verdadeira identidade de gênero, Yadriel torna-se determinado a provar que é um verdadeiro bruxo . Fortemente conservadora, a comunidade bruxe não permite que ele passe pelo ritual, com a desculpa de que a Senhora Morte não iria aceitá-lo, por conta de sua identidade de gênero e orientação sexual. Com a ajuda de sua prima e melhor amiga Maritza, ele decide ele mesmo resolver o problema, na expectativa de encontrar o espírito de seu primo assassinado e, então, libertá-lo.
No entanto, o fantasma que ele invoca é, na verdade, Julian Diaz, o bad boy da escola… e Julian não tem interesse em deixar esse mundo tão facilmente. Ele está determinado a descobrir o que aconteceu e resolver algumas pendências e pontas soltas antes de partir. Sem escolha, Yadriel concorda em ajudar Julian, para que ambos possam obter o que querem.
O que Yadriel não esperava era que, quanto mais tempo passa com Julian, menos quer que o garoto se vá.
“O romance equilibra perfeitamente a vibrante e enérgica cultura latina com assuntos mais densos, como aceitação LGBTQ+, deportação, colonização e racismo em espaços autoritários.” – TeenVogue
“Este impressionante romance de estreia de Thomas é detalhado, comovente e imensamente romântico. No final, eu estava chorando – mas não de tristeza. Eu me senti tão incrivelmente feliz por saber que esta aventura latina queer poderá ser lida por outros jovens. Os garotos do cemitério é um livro necessário: para jovens trans, para jovens queer, para aqueles que fazem parte da comunidade latino-americana e precisam se ver nessas páginas. Não deixe de ler.” – Mark Oshiro, autor de Anger is a gift.
Não perturbe a floresta – por CG Drews

Andrew Perrault encontra refúgio nos contos de fadas sombrios que escreve e depende de Thomas Rye, seu melhor amigo, para manter os pés na realidade. Mas tudo mudo quando os pais de Thomas somem misteriosamente, e o garoto aparece para o último ano da Academia Wickwood com a camisa manchada de sangue. Thomas não responde às perguntas de Andrew e se torna uma sombra de si mesmo – não desenha, não fala e se encolhe diante de algo que Andrew não é capaz de enxergar. Só que a verdade está à espreita. Desesperado para saber o que realmente está acontecendo com Thomas, Andrew o segue até a floresta proibida numa madrugada e descobre o impossível: os monstros dos desenhos de Thomas agora habitam o mundo real. Matam – e estão cada vez mais famintos. Para impedir outras mortes, os dois enfrentam as criaturas noite após noite. Mas os monstros parecem ficar mais fortes à medida que a obsessão entre os garotos se intensifica, e Andrew teme que a única maneira de eliminar as criaturas seja destruindo seu criador.
Na ponta dos dedos – por Sarah Waters

Londres, segunda metade do século XIX. Sue Trinder, órfã de nascença, cresceu numa área degradada da cidade junto a uma família onde eram “todos mais ou menos ladrões”. Sob o comando da sra. Suckby, a matriarca, o grupo passava os dias entre pequemos delitos – vivendo, de furto em furto, na ponta dos dedos. De uma hora para outra, no entanto, o destino de Sue se conecta ao de outra órfã – esta morando num casarão sinistro num campo não tão distante. Finalista do Man Booker Prize e do Orange Prize, Na ponta dos dedos é um dos mais prestigiados livros da britânica Sarah Waters, autora de Os hóspedes. Remetendo a Charles Dickens, Jane Austen e às irmãs Brontë, Waters cria, sob um olhar contemporâneo, um impactante romance vitoriano que congrega mistério, erotismo e reconstituição de época numa narrativa impecável. Como parte um plano capitaneado por um colega de golpes da família chamado Richard Rivers – mais conhecido como Gentleman por conta de seu charme e fala empolada –, Sue vai trabalhar como camareira na mansão de um idoso pedante, excêntrico e possessivo chamado Chistopher Lilly. Ele mora sozinho com a sobrinha e única herdeira, a jovem e frágil Maud, mantida parcialmente isolada do mundo. O papel é Sue é conquistar a confiança da moça e, nas palavras de Gentleman, “mantê-la tola e persuadi-la, em sua ingenuidade, a cair na cilada” – ou seja, casar-se com o charlatão após a iminente morte do tio. Em seguida, Gentleman pretende dar o toque final em seu golpe: internar Maud num hospício e tomar posse da fortuna deixada pelo velho. O que Sue não esperava era sentir tamanha afinidade com Maud, algo que, aos poucos, se transforma em desejo sexual e, enfim, numa avassaladora paixão. Enquanto os detalhes se apresentam em camadas e mais camadas de reviravoltas, jogos psicológicos e erotismo, o ponto de vista da narrativa se alterna entre Sue e Maud nas idas e vindas de uma trama que, página após página, nunca deixa de encantar, surpreender e impressionar. Conduzindo o leitor, com bem-vindos sobressaltos, entre planos sombrios de realidade e aparência, a autora constrói seu texto com precisão técnica e domínio emocional, fornecendo cada informação de maneira precisa e no momento exato. E, embora Na ponta dos dedos remeta, com muito estilo e propriedade, à literatura vitoriana, seu subtexto não poderia ser mais atual, abordando com liberdade questões de sexualidade, gênero e classe. A tudo isso se soma um trabalho sofisticado de construção de personagens, descrições de encher os olhos, ambientação atmosférica, atenção minuciosa aos detalhes históricos, diálogos precisos e um texto com o raro dom de ser tão virtuoso e elegante quanto extremamente fluido. Todo esse apuro, aliás, foi um prato cheio para o cinema: em 2016, o romance, transposto para a Coréia do Sul durante a década de 1930, foi adaptado para as telas como A criada, produção dirigida pelo aclamado Park Chan-wook (de Oldboy) que concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes.
O chalé no fim do mundo – por Paul Tremblay

Você sacrificaria sua familia para salvar a humanidade? Vencedor do Bram Stocker Award (2018) e eleito o livro do ano pelo Library Journal, NPR e Buzzfeed, O chalé no fim do mundo é uma obra-prima de terror e suspense, que inspirou o filme Batem à porta, com Jonathan Groff e Rupert Grint.
A menina Wen, de sete anos, está de férias com seus pais, Eric e Andrew, em um chalé isolado perto de um tranquilo lago em New Hampshire. Os vizinhos mais próximos estão a mais de três quilômetros de distância em todas as direções ao longo de uma estrada de terra esburacada.
Numa tarde, quando Wen está caçando gafanhotos no jardim à frente da casa, um estranho aparece inesperadamente no caminho de acesso a veículos
do terreno. Leonard é o maior homem que Wen já viu, mas ele é jovem e amigável, e a conquista quase de imediato. Leonard e Wen conversam e brincam até Leonard de repente pedir desculpas e dizer: “”Nada do que vai acontecer é culpa sua.””
Outros três estranhos chegam ao chalé carregando objetos não identificáveis de aparência ameaçadora. Quando Wen corre para dentro de casa para alertar os pais, Leonard grita: “”Seus pais não vão querer nos deixar entrar, Wen. Mas eles precisam deixar. Precisamos de sua ajuda para salvar o mundo.””
Assim começa uma narrativa insuportavelmente tensa e envolvente sobre paranoia, sacrifício, apocalipse e sobrevivência que se intensifica até culminar numa conclusão devastadora, na qual o destino de uma família inseparável está, possivelmente, entrelaçado ao futuro de toda a humanidade.
Do autor do premiado livro de suspense Na escuridão da mente, O chalé no fim do mundo é o livro que inspirou o filme de 2023 Batem à porta, Dave Bautista, Jonathan Groff e Rupert Grint no elenco.
LGBTerror – por Igor Cabrardo (Author), Anne Demeneck (Author)
Cruzar os limites do “vale” pode ser assustador. Perigos diversos espreitam — nem sempre ocultos — às margens da sociedade, sedentos por devorar a nossa existência.
A antologia LGBTerror propõe transportar esses horrores que se misturam às sombras da realidade para a potente ferramenta da literatura. Aqui, nossos personagens encaram vários tipos de monstros — sejam eles reais ou alegorias, humanos ou não. Você encontrará neste livro 15 histórias que trabalham com o terror e o fantástico como meio de autoaceitação, vingança, superação e até mesmo exorcismo. A mensagem é clara: not today, Satan!
Autores e contos:
Não vai sobrar nenhum de nós — Elmira Não Está
O órgão maldito — Fernanda Chazan
A monstra — Lucas Santana
O diabo que habita em nós — Lucas Matheus
Febre — Andrio J. R. dos Santos
Última porta ao meio-dia — Felipe Teodoro
Camilla — Helena Zamparette
Demônios são os melhores amigos de uma garota — Bernardo Neto
Voyeur onipresente — Igor Cabrardo
O corpo — Julio Rodrigues
O monstro das unhas — Filipe Travanca
Ao sul do céu — L. F. Lunardello
Mãe solo — Anne Demeneck
O andante do enforcado — Ramon Mapa
Pecado — Sara Escorsin
