SUPERMAN – O QUE EU ACHEI DO NOVO FILME

Alguns podem ter amado e outros odiado o novo filme de um dos super-heróis mais emblemáticos que existem – O Superman. Já vi dizerem que o filme é “too woke”, que traz temas muitos progressistas, mas a verdade é que a essência do Homem de Aço está ali em sua forma mais pura.

O longa dirigido por James Gunn chegou aos cinemas no dia 10 de julho trazendo David Corenswet no papel do super-homem pela primeira vez. Baseado em Superman de Jerry Siegel e Joe Shuster, o filme se concentra nos primeiros anos de Clark Kent como um super-herói. Após trinta anos de ter sido enviado por seus pais, Lara e Jor-El, à Terra; Kar-El, que agora vive como Clark Kent e o Superman, passa a viver um novo desafio ao completar três anos como super-herói.

Além de David Corenswet, o elenco conta com Nicholas Hoult (Lex Luthor), Rachel Brosnahan (Lois Lane), Isabela Merced (Mulher Gavião), Nathan Fillion (Lanterna Verde), Edi Gathegi (Senhor Incrível), Pruitt Taylor Vince (Jonathan Kent) e Neva Howell (Martha Kent).

Ao interromper a disputa entre a Borávia, aliada dos EUA, e seu país vizinho, Jarhanpur, ele vê Lex Luthor manipular a opinião pública sobre si, usando um clone do Superman, o Ultraman, disfarçado de Martelo da Borávia, para fazer com que o povo de Metropólis acredita que a missão de Kar-El na Terra seja de destruir a vida do planeta. O Superman é preso em uma dimensão artificial junto a Krypto e o herói Metamorfo, e é enfraquecido com kryptonita.

Acontece que o plano de Lex Luthor era usar do fato de Kar-El ser um extraterrestre para afastá-lo do conflito entre a Borávia e Jarhanpur, assim ele ficaria com metade do território de Jarhanpur, se autoproclamando Rei. Ciente de que, se escapasse, o Superman iria interferir novamente em seus planos, Lex abre um buraco negro capaz de criar uma fissura que parte o planeta ao meio, para distraí-lo. Mas com a ajuda da Liga da Justiça, o Superman consegue revelar o plano de Luthor a todos e impedir que o planeta Terra seja destruído.

Algo que nem deveria chamar a atenção, pois é um fato muito bem conhecido, mas se tornou um tópico muito comentado sobre o novo filme é como o Superman é retratado como um imigrante. A verdade é que esse não é um recorte exclusivo da nova adaptação, mas uma característica importante do personagem. Clark Kent pode ter crescido em Smallville, mas ele é um alienígena, um ser extraterreste, de fato, um imigrante de outro planeta. Talvez seja verdade que o público esteja ficando cada vez mais emburrecido, ou o ódio por imigrantes nos EUA os fizeram esquecer que este detalhe está presente em toda mídia em que a história do Superman foi contada. O fato dele ter nascido em Krypton e ter sido enviado à Terra pelos seus pais biológicos antes de seu planeta natal explodir, é uma das primeiras coisas contadas em cada dos filmes do personagem – é uma detalhe contado nos quadrinhos, nas séries animadas e também nas séries de TV em que ele é apresentado.

O filme é tudo que eu esperava de um filme de super-herói – tem ação, conflitos, rivalidade e momentos emocionantes que nos conectam com o personagem. O vilão, Lex Luthor, é uma figura capaz de qualquer coisa para atingir seus objetivos, ele mente e manipula a todos enquanto continua ser envenenado pela sua inveja e ressentimento em relação ao Superman. Clark Kent é o bom moço que todos conhecemos – e, apesar de vir de outro planeta, como ele mesmo diz, é completamente humano.

A estética mais vintage que lembra muitos os quadrinhos mais antigos e os desenhos animados que cresci assistindo está muito presente no traje escolhido para o filme e também na caracterização de Krypto e outros personagens. Essa foi uma das reclamações que mais vi nas plataformas digitais, mas eu gostei muito dessa escolha, já que o traje do último Superman me incomodava muito por mais parecer uma armadura, enquanto nesta versão, é exatamente como eu imagino a roupa do personagem – assim como nos primeiros filmes do herói que eu assisti quando criança.

David Corenswet e Nicholas Hoult são perfeitos em suas interpretações dos dois personagens que antagonizam, é com certeza são o grande destaque do filme. Mas quando o assunto é o romance de Clark e Lois, eu vou ter que ser um pouco mais crítica, já que a química com Rachel Brosnahan não me agradou tanto quanto eu esperava – apesar de eu nunca ter gostado do Superman com a Lois Lane quanto eu gosto dele com a Mulher Maravilha.

O filme ainda está em cartaz nos cinemas, então se você ainda não assistiu, ainda dá tempo de pegar um sessão – ou espere até ele chegar aos streamings.

Assista ao trailer oficial:

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