HEARTSTOPPER: A SÉRIE É TÃO BOA QUANTO A COMIC?

Será que estou atrasada para esse rolê? Eu sei que já faz um tempinho que Heartstopper foi lançada na Netflix e, para falar a verdade eu assisti logo em seguida, mas eu acompanho tantas séries diferentes que as vezes fica bem difícil saber sobre qual falar – e, para piorar a situação, Semantic Error deixou minhas expectativas tão lá no alto que muita coisa perdeu a graça. Ainda que seja quase impossível eu gostar mais de qualquer série que saía futuramente do que de Semantic Error (vou me segurar no 1% de chance enquanto aguardo a segunda temporada de To My Star), posso garantir já de início que Heartstopper conseguiu me deixar bem interessada…

Quando soube que a Netflix estaria fazendo um live-action de Heartstopper eu fiquei bastante empolgada, mas quem me conhece sabe que eu acabo surtando por nada e criando altas expectativas que são bem difíceis de serem alcançadas, até aí tudo bem. Mas quando a gente se empolga tanto com alguma coisa, vamos correndo ver assim que é lançado na esperança de que aquilo seja tão bom quanto imaginávamos, certo? Pois vou contar se a adaptação da Netflix conseguiu superar as minhas altas expectativas.

Para quem não viu o post ainda, eu escrevi sobre o Volume I de Heartstopper há um tempo atrás, que você pode ler aqui. A comic escrita por Alice Oseman acompanha a história de amor entre o Charlie, um garoto assumidamente gay em uma escola só de meninos, e o Nick, um atleta que todo mundo acredita ser o cara mais hetero que existe. Na comic, Charlie se torna popular quando todos os garotos de sua escola descobrem sobre a sua sexualidade e mostram respeito pela sua coragem, mas na série não é bem assim.

Charlie conhece Nick logo no começo do ano letivo quando um professor fazem os dois se sentarem juntos em uma aula e, apesar das diferenças, os dois acabam se dando bem logo de cara. Nick, apesar de sua aparência, é um garoto bem tranquilo e amigável, e ao observar a velocidade de Charlie tem a ideia de fazê-lo se juntar ao time de rúgbi.

Heartstopper

Já vou falar que algumas coisinhas são diferentes na série, mas isso não altera a beleza dessa história, mesmo que tenha um ou dois personagens que dão um ranço danado. Mas se vamos falar de mudanças positivas, eu não posso deixar de citar a linda da Yasmin Finney que deu vida a Elle. A visibilidade trans é algo que ainda vemos muito pouco, mas Heartstopper soube como dar vida a uma personagem jovem , negra e transgênero que mostrasse a sua força e vivesse também uma história de amor. a Yasmin é trans na vida real, assim como a sua personagem e já deixou claro várias vezes sua gratidão por ter ganhado um espaço tão importante para contar uma história de importância ainda maior.

Quanto ao Charlie e ao Nick, achei que eles são exatamente como me lembro quando li a comic, por isso achei a escalação do elenco praticamente perfeita. Tanto o feeling, quanto a aparência dos personagens, nada deixou a desejar. Cada coisa se encaixou perfeitamente e me deixou com aquele gostinho de quero mais depois de acabar de assistir a todos os episódios.

A série é bem curtinha, assim como os volumes da comic, e é aí que mora o pecado, não é mesmo? Toda vez que eu encontro uma coisa que eu gosto muito, ela acaba sendo mais curta (o que acontece muito com meus bls favoritos, a maioria da Coréia do Sul). Mas a gente agradece a Netflix por ser boazinha e nos dar mais temporadas para acompanhar um pouco mais da trajetória desses personagens tão queridos.

Acho que já deu para entender que sim, a série consegue ser tão boa quanto a comic e por isso todo mundo devia assisti-la se ainda não o fez. Então não perde tempo e aproveita o fim de semana para acompanhar o começo da história de amor entre o Charlie e o Nick e, quem sabe, ainda ler a comic lá no app webtoon!

Assista Heartstopper aqui

3 comentários sobre “HEARTSTOPPER: A SÉRIE É TÃO BOA QUANTO A COMIC?

  1. Eu te entendo bem quanto ao hype,
    Li o volume 1 e 2 no ano passado, e logo que li fui pesquisar um pouco sobre a autora, em que passo ia o quadrinho. E logo em seguida descobri que estavam produzindo uma série pra netflix.
    Devido ao sucesso que foi Young Royals, fiquei bem hypado pra assistir a adaptação de Heartstopper. Tentava não pensar muito sobre, mas o hype estava ali kkkkkkkkkk.
    Quanto a adaptação, gostei bastante, trilha sonora, a fidelidade de acontecimentos, o fato do elenco ser muito parecido com os personagens do quadrinho, enfim não vejo a hora de poder ver a adaptação dos próximos volumes.

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